O governador do Acre, Gladson Cameli (PP), deverá tentar a reeleição e poderá enfrentar nas urnas o ex-governador Jorge Viana (PT), que no final dos anos 1990 inaugurou um período de hegemonia petista no estado. Desde a eleição de Viana como governador, em 1998, o PT ficou no poder por quase 20 anos. A legenda só foi desalojada em 2018, justamente com a vitória do atual governador.
Os nomes que vão concorrer nas eleições de outubro ainda podem mudar porque os partidos têm até 5 de agosto para indicarem seus candidatos e candidatas por meio das convenções, segundo o calendário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Um levantamento da CNN aponta ao menos cinco nomes que devem concorrer ao cargo de governador.
Os pré-candidatos ao governo estadual
Cameli é engenheiro civil, formado pelo Ulbra (Instituto Luterano de Ensino Superior de Manaus). Sobrinho do ex-governador Orleir Cameli (1995-1998), ele ingressou na carreira pública em 2007, quando se elegeu deputado federal, ocupando o cargo por dois mandatos consecutivos, até 2015.
Também ocupou o cargo de senador, onde permaneceu por mais quatro anos, entre 2015 e 2018. Nas últimas eleições gerais, foi eleito governador ainda em primeiro turno, com 53,71% dos votos válidos. O candidato Marcus Alexandre, escolhido pelo PT para tentar manter o Acre como reduto eleitoral do partido, obteve 34,54% dos votos, e ficou em segundo lugar.
Agora, o Partido dos Trabalhadores pode apostar na volta de Jorge Viana. Engenheiro florestal, ele é natural de Rio Branco e ingressou na carreira política como prefeito da capital do estado, em 1993. Entre 1999 e 2007, foi governador do Acre e, entre 2011 e 2019, senador. Em 2018, não conseguiu se reeleger para o Senado, e terminou a eleição na terceira posição, com 14,74% dos votos válidos. Apesar de ter confirmado sua pré-candidatura, ainda não indicou se será candidato ao governo estadual ou ao Senado.
Já o senador Sérgio Petecão (PSD), que tem mandato até 2027, confirmou a intenção de concorrer à chefia do Executivo. Empresário e técnico em contabilidade, foi deputado estadual de 1995 a 2007, tendo sido presidente da Assembleia Legislativa do Acre de 1999 até 2007. Teve também um mandato como deputado federal (2007 a 2011) antes de se tornar senador pela primeira vez, em 2011. Atualmente, cumpre seu segundo mandato, tendo obtido 30,71% dos votos válidos em 2018.
A corrida ao governo poderá ter também Janilson Leite (PSB), conhecido como Dr. Jenilson. Ele é médico infectologista formado pela Elam (Escuela Latinoamericana de Medicina), em Havana, Cuba. Apesar de filiado a um partido desde 2005, se elegeu para seu primeiro cargo público como deputado estadual nas eleições de 2014, e está atualmente em seu segundo mandato.
Por fim, David Hall (Cidadania), que também concorreu em 2018, na época pelo Avante, deverá ser candidato. Graduado em filosofia pela Universidade Federal do Acre, ele trabalha como professor. Nas últimas eleições, não chegou a receber 1% dos votos válidos.
Senado
Para o Senado, estará em disputa a vaga que hoje pertence a Mailza Gomes (PP). Ela pode tentar a reeleição. Ex-primeira-dama do município de Senador Guiomard, Mailza era suplente de Gladson Cameli e a assumiu o posto de senadora pelo Acre em 2019 quando o titular tomou posse do cargo de governador.
Alan Rick (União Brasil) está no segundo mandato como deputado federal e se colocou como pré-candidato ao Senado. Nasceu em Rio Branco, no Acre, tem 45 anos, é jornalista de profissão e administrador de empresas. No Congresso, é apoiador do governo Bolsonaro.
Jorge Viana (PT) pode concorrer ao Senado caso não confirme a candidatura ao governo estadual.
A deputada federal Jéssica Sales (MDB), médica de formação, também é apontada como possível candidata.
Com informações do Portal CNN Brasil.