Lauane do Nascimento Melo foi assassinada um tiro no olho no último dia 2, na Estrada do Barro Vermelho, após o Complexo Prisional de Rio Branco. Defesa alega que disparo foi acidental por acusado ter problema de visão e ter ingerido bebida alcoólica e diazepam.
O Plantão Judiciário de Rio Branco negou habeas corpus ao caseiro Mateus Lima de Sousa, de 24 anos, acusado de matar com um tiro no olho a namorada, a adolescente Lauane do Nascimento Melo, de 16 anos, no último dia 21. A jovem foi morta em uma chácara da Estrada do Barro Vermelho, em uma região após o Complexo Prisional de Rio Branco.
Após cometer o crime, Sousa fugiu e só se apresentou na delegacia de Sena Madureira, no interior do Acre, três dias depois. Para fundamentar o pedido de liberdade, a defesa do acusado alegou que ainda não havia ocorrido a audiência de custódia.
Além disso, as advogadas de defesa alegam ainda que o disparo foi acidental, levando em conta que o acusado tem pouca visão e no dia tinha ingerido álcool misturado com medicamento diazepam. A defesa pediu que o homem foi solto e passasse a usar tornozeleira eletrônica.
Porém, o desembargador Júnior Alberto negou pedido de liberdade ao considerar que existem indícios suficientes de autoria e de materialidade do crime de feminicídio. O desembargador enfatizou ainda que os requisitos da prisão temporária estão legalmente respaldados na imprescindibilidade da medida para a investigação policial, já que após o fato o paciente empreendeu fuga; e das fundadas razões de autoria que apontam para o paciente como autor do crime de feminicídio.
Ao negar a liminar requerida, o desembargador determinou que oficie à Vara Plantonista da Comarca de Rio Branco para que seja marcada a audiência de custódia do acusado.
O que diz a polícia
Além de vingança, a polícia não descarta que a vítima possa ter sido morta por ciúmes também. O casal estava sozinho em casa quando o crime ocorreu. “Conversamos com alguns parentes e pode ter sido até vingança, mas ainda vamos confirmar a história. Pelo o que falaram, o relacionamento era conturbado, ele tinha ameaçado ela em outra cidade. Pode ter sido ciúmes ou uma briga de casal”, confirmou a delegada responsável pelo caso, Kelcinaira Mesquita.
Mesmo com as ameaças, a delegada diz que o suspeito não tinha sido ainda denunciado pela vítima. Mateus Sousa também não tinha passagem pela polícia.
O suspeito trabalhava como caseiro na chácara onde ocorreu o crime. Antes de fugir, ele foi até o gerente da propriedade e contou que tinha matado a mulher. O gerente foi até a chácara, encontrou a vítima morta em cima da cama e avisou para o dono da propriedade, que chamou a polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Por: g1/AC