“A Política é arte de engolir sapos.” Frase épica de Nereu de Oliveira Ramos. Vence quem engole mais e usa cada digestão pesada para a sabedoria. O segundo grifo é próprio.
Márcio Bittar é político antigo, e poderia ser mais moderno como seu novo estilo de “tiozinho da suquita”. Mas preferiu ser o maior latifundiário político acreano. Quantos partidos? Pelo menos 4 estão comendo em sua mão. Sim, poder é bom. O cara está se sentindo o último biscoito do pacote. Dá até para entender. Quanto tempo tentou, e tentou e tentou novamente e não levou. Virou “béste” do Bozo e dos filhos. Por aqui, Bozão ainda é preferência. Mas não transfere para os filhos. Não mesmo!
Na fusão antipetista de 2018, o Marcio “só quero se for tudo” se agrupou com “El Cabeção” e Gladson “tenho grana mermo e aí?”, e botou o Jorginho “vou ali pegar um refrigerante” na latinha. Marcio se lambuzou tanto com a amizade do presidente que caiu no conto de fadas de impor a esposa, ex-esposa, companheira e etecetera e tal, como o sapo mais difícil de engolir nas eleições. Não interessa o tamanho da compensação financeira que Bittar criou. Junto com tanto gosto pelo “só quero se for tudo” cria ranço político. Ele bem sabe disso. A pergunta que não quer calar é: o eleitor, a eleitora, a turma que manda na “coisa toda” está com Márcio e sua Marcia?
Marcio é bom de conversa. Sentou, dançou. O cara fisga com argumentos bem elaborados e se faz entender facilmente. Diferente de Gladson, não podemos negar.
Gladson parece ser o engolidor de sapos mais treinado do grupo. Não gosta de resolver crise. Passa para outro. Mas não pensemos que o jovem não sabe o que faz. Pode não ter uma visão para a política da boa vizinhança, mas ainda acumula um eleitor fiel.
O que está pesando no brejo que se instalou nos últimos dias, é até onde vai Gladson, com seus sapos no bucho e os que ainda terá que engolir ao longo dos próximos cinco? Não dá para ficar com a turma do brejo sozinho. Se vai engolir sapo, esses anfíbios moradores de lugares húmidos, que já se acostumaram a engolir insetos (temos muito que aprender com os sapos), tem que manter a sabedoria de quem quer a reeleição com menos barulho na sapolândia.
Outra boa informação da crise política dos amigos, ex-amigos, aliados, desalinhados, etecetera e tal: o eleitor acreano, que quer ver as cenas do próximo capítulo da briga dos figurões que estão em mais um cenário bem molhado e ruim de pôr os pés, tipo o do brejo, já sacou a tática “vianista”. Será que é inteligência ou apenas um grande sapo, o mais conhecido dentre todos, o CURURU! Pesquisando ficou fácil perceber a semelhança do Jorginho “vou ali pegar um refrigerante” com a tática de forrageamento do sapo cururu. Se mistura nas folhagens na busca pelo alimento e se mostra pelo comportamento do tipo “senta e espera”, onde os animais permanecem imóveis até capturarem suas presas. “Marrrr” Jorginho “vou ali pegar um refrigerante” … Como é que tu fazes isso? Descobriu-se que o cururu possui um ciclo de vida bifásico, primeiro são larvinhas com grande potencial, passam pela metamorfose mágica da natureza e viram o sapão cururu depois. Soube-se ainda em pesquisas que como mecanismo de defesa contra o ataque de predadores, os cururus produzem e liberam toxinas (algo de ação tóxica, venenosa), através de suas glândulas de veneno.
Para o pessoal que se uniu para tirar o PT do poder aqui no Acre (tira o Cabeção Petecão do contexto), melhor pensar no cururu de sunga na beira da piscina “dibuiando” milho. Via de regra, ele é o sapo mais pesado, perigoso e quietinho do momento, só espiando a turma que frequenta o brejo ruim de pisar esbravejar