Detalhes foram dados em depoimento á polícia; O autor foi solto em audiência de custódia
O depoimento da mulher, de 46 anos, que foi vítima de um ataque do criminoso, supostamente pelo monitorado Guilherme Silva da Cruz, de 24 anos, na manhã do último sábado (11), revelou que além de ser agredida, ela chegou a ficar desacordada por um tempo e nesse intervalo até retomar a sua consciência, a vítima foi jogada no igarapé com a alça de sua pochete enrolada duas vezes no seu pescoço.
A vítima afirmou que por volta das 9h20 da manhã, caminhava numa trilha do Horto Florestal na companhia de sua cachorrinha quando um homem de estatura alta, cerca de 1,70 metros, trajando uma calça moletom de cor vermelha e uma blusa de cor verde passou por ela e seguiu mexendo no celular, porém mais na frente. No local, que não havia movimentação de pessoas, o homem a parou e agarrou pelo pescoço com as duas mãos e passou a asfixiá-la.
A mulher diz ainda em seu depoimento, que Guilherme a jogou para dentro de uma área de mata e disse “cala a boca e não grita”, o que fez com que ela reagisse e iniciasse uma luta corporal com o rapaz. Na sequência, a vítima afirma ter desmaiado e quando retornou os sentidos, estava jogada dentro do igarapé e estava com sua “pochete” enrolada no pescoço com duas voltas. Ela afirmou lembrar do momento em que o autor retirou a pochete de sua cintura.
A vítima garante que não viu mais o homem depois disso e que conseguiu sair do igarapé se segurando nas raízes do barranco do manancial. Assim que conseguiu sair da água, ela teria avistado um vigilante, para quem pediu ajuda e foi encaminhada ao Posto de Plantão da PM no Horto. Ela até então estava sem o celular e teve que acionar um parente para localizar o aparelho Iphone e que foi encontrado no Horto.
Ela foi levada para a Delegacia de Flagrantes e ao relatar os fatos informalmente, os policias entenderam que se tratava de uma tentativa de estupro. Os militares mostraram para a vítima uma fotografia de Guilherme que foi preso por eles e na mesma hora a declarante reconheceu, de imediato, como sendo o autor dos fatos, esclarecendo que o autor possui uma tatuagem no pescoço e ela não sabe dizer com precisão qual é o desenho, pois o contato com ele foi muito rápido.
A mulher reiterou que acredita que Guilherme tinha a intenção de estuprá-la, pois ele não pediu o aparelho celular da vítima em nenhum momento e que o acusado também não levou outros pertences dela (chave do carro, brincos, fone de ouvido).
A mulher estava com várias marcas de agressões no corpo que podem ser comprovadas por fotografias anexadas ao inquérito policial. Apesar dos indícios, a liberdade provisória de Guilherme foi autorizada pela juíza Joelma Ribeiro Nogueira com anuência do Ministério Público, representado pelo promotor de Justiça Rogério Voltolini Muñoz, durante audiência de custódia neste domingo (12).
Via: ContilNet