Parte do muro do Cemitério São João Batista desabou na última sexta-feira (25), após fortes chuvas que atingiram a capital acreana, em Rio Branco. Segundo o diretor Operacional da Secretaria Municipal de Cuidados com a Cidade, Jean Almeida, durante todo o sábado (26) foi feito um trabalho paliativo no local para evitar novos desmoronamentos.
A parte que desabou tinha cerca de seis metros de comprimento e fica na Rua Major Ladislau Ferreira. Por conta da situação, a prefeitura instalou compensado para fechar a parte que caiu e estacas de madeira para segurar a parte do muro que está comprometida.
Pouco antes do Dia de Finados do ano passado, uma equipe da Rede Amazônica fez um giro por três cemitérios públicos da capital acreana e constatou vários problemas estruturais, entre eles mato alto, túmulos quebrados e muros desmoronando.
Na capital, a prefeitura administra quatro cemitérios oficiais, são eles: Jardim da Saudade, São João Batista, São Francisco e Cruz Milagrosa. A equipe fez um giro pelos três primeiros, que são os mais visitados no Dia dos Finados.
“Houve uma erosão e caiu parte do muro. Fizemos uma intervenção paliativa, conseguimos fazer a contenção, fizemos um isolamento com madeira e lona no local, por conta das infiltrações de água. Já comunicamos a Seinfra, que está fazendo processo para abrir licitação emergencial para que possamos resolver de uma vez o problema do cemitério. Vamos derrubar, e fazer um novo muro. É um problema que vem se arrastando há muito tempo”, afirmou o diretor.
A previsão é que dentro de três meses o processo licitatório seja aberto para construção de um novo muro no local.
“Ali vai precisar de uma intervenção profunda, porque existe erosão, com passar dos anos, a chuva foi infiltrando e o muro já vinha com problemas na sua base. Já tem uma equipe trabalhando nisso e, provavelmente, de dois a três meses já temos uma resposta.”
Muro do Jardim da Saudade também caiu
Uma parte do muro do Cemitério Jardim da Saudade, na parte alta da cidade, também caiu nessa segunda-feira (28) durante a chuva. Sobre esse caso, o diretor da secretaria disse que não tem conhecimento e que ia enviar uma equipe nesta terça (1) para verificar a situação.
Nos fundos, parte do muro já tinha desabado anteriormente e não há qualquer divisória entre os túmulos e a rua. Uma cerca chegou a ser construída no lugar do muro, mas acabou sendo depredada por vândalos. Dentro do terreno do cemitério existe, inclusive, um campinho de futebol.
“A parte de restruturação do Cemitério Jardim da Saudade existe uma complexidade maior. Porque ali passa um córrego, então é um problema também de outras gestões e, pela legislação, ali nem poderia ter túmulos, por ser uma área de APP. Fomos notificados pelo Ministério Público. Para aquele cemitério, estamos montando uma comissão para fazer a legalização fundiária da área e a questão ambiental. Para aí sim podermos fazer alguma intervenção”, afirmou Almeida.
O técnico Francisco de Assis, mora ao lado do cemitério e reclama da situação. “Isso já tem muitos anos, eles colocam cerca e não existe mais nada. Acho um abandonado, um desrespeito com quem fez muito pelo estado e se encontra hoje aí. Temos parentes aí, a gente arruma e quando pensa que não já está bagunçado. Entra prefeito, sai prefeito e ninguém faz nada. À noite tem gente andando aí dentro, é bagunçado.”
Com informações do Portal G1.