Fundada em 28 de dezembro de 1882, a capital do Acre, foi nomeada Seringal Empresa pelo cearense Neutel Maia. Já em 1909, passou a ser chamada Penápolis e só em 1912, virou Rio Branco, em homenagem ao Barão de Rio Branco. Desde então, Rio Branco segue como o centro administrativo, econômico e cultural da região.
Segundo o historiador Wilson Aguiar, os 140 anos da capital do Acre carregam muitas histórias de um território pequeno na extensão, mas imenso no significado.
“Quando a cidade começou a se desenvolver, foi fundada na época com três avenidas que conhecemos, a mais linda e extensa foi em homenagem a todos os cearenses, a Avenida Ceará que possui mais de 113 anos, além da Avenida Brasil e a Avenida Epaminondas Jácome que hoje é rua, pois o rio levou um pouco dela” explicou.
Muitas são as memórias daqueles que nasceram no estado ou com o tempo foram se tornando acreanos de coração, como no caso do seu Arlindo Souza, com 69 anos que mora na capital há mais de 50. Ele conta que lembra como se fosse ontem, quando passava pela Praça da Revolução e acompanhava de longe a sua construção.
“Essas pedras para chegarem aqui foi o maior problema. Naquela época não tinha ponte no rio Madeira, para elas passarem pela balsa foi o maior perigo. É tanta coisa, que dá para escrever um livro”, afirmou.
“As coisas evoluíram muito. Quando morei fora senti muita saudade daqui, então não vivo sem estar aqui. Hoje a cidade está bonita e arrumada. E, na época de Natal tem toda essa linda decoração organizada pelo prefeito que enfeita muito a cidade”, disse a aposentada Marfisa Queiroz.
“Eu tenho saudade daquela Rio Branco antiga, da praça que tinha a Cinelândia, que era um cinema e a lanchonete do seu Elias. Aquilo ali era um fervilhar de pessoas, o Hotel Chuí que também foi feito pelo Dantas, na época em que chegaram os paulistas. Foi um período de muita efervescência, romântica e emocional, foi um negócio maravilhoso, tenho muita saudade desse tempo”, enfatizou o professor aposentado, Raimundo Barros.
À medida que a capital vai crescendo, alguns comércios também seguem evoluindo, principalmente, na região do Novo Mercado Velho, por onde o comércio começou a sua expansão. O sentimento que fica àqueles que participam diretamente do desenvolvimento da capital é de muita alegria.
“Eu me sinto orgulhoso de fazer parte. Nasci aqui e fico feliz de estar dando uma contribuição para a nossa capital e dando continuidade do nosso trabalho no Bazar Chefe”, disse o empresário Cleudio José.
“Eu vim de Xapuri em 1983 e trabalhei na empresa Irmão Lameiras e naquele tempo era muito difícil porque tinham poucas ruas e então foram entrando prefeitos e melhorando Rio Branco cada vez mais e hoje estamos com uma cidade mais bonita. Rio Branco é uma cidade muito elogiada, o trabalho do prefeito é ótimo e eu parabenizo Rio Branco pela idade”, disse o comerciante Dr. Raiz.
“Eu gosto muito de Rio Branco. Já estive no passado e resolvi voltar e vou morrer aqui”, finalizou o aposentado Arlindo Queiroz.