Categoria pede majoração do plantão, revisão do PCCR e correção da tabela. Ato ocorreu nesta sexta-feira (5) no Centro da capital.
Profissionais de enfermagem protestaram nesta sexta-feira (5) em frente ao Palácio Rio Branco, no Centro da capital acreana. O grupo cobra valorização por parte do governo e diz que o reajuste geral concedido recentemente não é justo.
Entre as reivindicações da categoria estão:
- Majoração do plantão
- Revisão do Plano de Cargo Carreira e Salário (PCCR) dos profissionai
- Correção da tabela
O governo do Acre informou que uma equipe está reunida nesta sexta para avaliar a situação e, em seguida, deve dar um retorno sobre o ato dos trabalhadores.
No dia 28 de abril, o governador Gladson Cameli sancionou um reajuste geral de 20,32% aos servidores públicos civis e militares do Poder Executivo do Acre. O reajuste vai ser aplicado em quatro parcelas anuais, iguais e não cumulativas, a partir de junho deste ano para todos os trabalhadores ativos, inativos e pensionistas do Estado. Isso significa que o percentual de aumento por ano deve ficar em torno de 5,08%.
“A nossa principal reivindicação é a valorização e respeito por parte do governo e deputados que votaram contra nossas emendas que foram apresentadas no dia da votação [do PL de reajuste]. Na pandemia, nós éramos os heróis, no ano passado estávamos negociando e ficou acertado com o governo a nossa valorização para esse ano e, para nossa surpresa, quando chegou na Aleac foi aquilo que foi aprovado. Nada de valorização para nós profissionais do grupo sete. Essa manifestação é para dizer que nós precisamos ser respeitados. O governo não manda nenhuma proposta, mandou apenas 5,08% para todos os trabalhadores, isso não é justo”, disse a Alesta Amâncio, presidente do Sindicato Técnicos de enfermagem, auxiliares e enfermeiros do Acre (Spate).
A sindicalista afirmou que, atualmente, os profissionais fazem cerca de 15 horas extras por mês, mas recebem um valor de R$ 78 por plantão extra. Os trabalhadores pedem que o valor passe para R$ 280, segundo eles, como é pago atualmente pela prefeitura da capital.
“Queremos negociar, ver o que o governo tem para nós, saber o que os deputados estão articulando com o governo. Porque a saúde do estado precisa de mão de obra e o que eles vão fazer? Estamos dispostos a negociar e aguardamos a posição do governo do estado”, concluiu a sindicalista.
Em março deste ano, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem protestaram em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para pedir o pagamento do novo piso salarial da categoria.
A lei que fixou pisos salariais para as categorias foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), mas não previa a fonte dos recursos e acabou suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). No dia 18 de abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta terça-feira (18) um projeto de lei para viabilizar o pagamento do piso nacional da enfermagem.
Por: G1/AC