Os servidores da Educação Municipal voltaram a protestar nesta quinta-feira (17) em frente à Prefeitura de Rio Branco.
A categoria pede:
- Reformulação de Plano de Cargo Carreira e Remuneração (PCCR);
- Piso nas carreiras aos professores, com 50% de diferença do nível médio para superior;
- E se coloca contra a proposta da prefeitura de aumentar tempo de serviço para progressão salarial.
O g1 entrou em contato com a prefeitura para saber se vai se manifestar sobre o ato dos servidores, mas não obteve resposta até última atualização desta reportagem.
Com cartazes e carros de som, o grupo se concentrou na Praça Plácido de Castro, em frente ao prédio da prefeitura. No último dia 11, os servidores já tinham feito um protesto para cobrar os reajustes.
“A posição da prefeitura é de má vontade política de atender a pauta. Estamos desde que o prefeito Bocalom assumiu tentando fechar negociação, fechar reformulação do PCCR, ficou o ano todo discutindo e não apresentaram nenhum plano que possa ser possível de negociar. Com relação às tabelas, ofereceu um piso de R$ 1,4 mil aos funcionários, distante daquilo que nós apresentamos e também o piso dos professores apresentou uma proposta vergonhosa parcelada até agosto de 2023, e isso nossa categoria já disse não”, disse Rosana Nascimento, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac).
Paralisação em Cruzeiro do Sul
Em Cruzeiro do Sul, os trabalhadores da rede pública estadual de Educação também protestaram nesta quinta (17) por reajuste salarial. Eles cobram que o governo do Acre cumpra com o que foi acertado na Justiça durante greve no ano passado. A categoria voltou a paralisar as atividades na cidade do interior do Acre esta semana.
A porta-voz do governador, Mirla Miranda afirmou que o governo trabalha para poder se pronunciar sobre o tema.
O presidente Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Siteac) em Cruzeiro do Sul, Pedro Lima, disse que essa é uma pauta antiga e que há quatro anos buscam uma resposta do governo.
“Viemos às ruas para dizer que a Educação tem dinheiro e o que está faltando é boa vontade do governo e sua gestão de conceder o reajuste salarial a toda nossa categoria. Paralisamos nossas atividades nas escolas, o trabalho pedagógico, administrativo, e só vamos retornar quando o governo apresentar uma contraproposta justa e que corresponda com o que merecemos e com os repasses do Fundeb”, disse.
Professora há mais de 30 anos na cidade, Maria José Correia da Silva pede que o governo se sensibilize com a categoria.
“Temos uma contribuição tão grande na sociedade e estamos aqui tentando ter reajustes que estão capengas há tanto tempo. Gostaria muito de sensibilizar nosso governador Gladson, que olhe para nossa categoria, que dê a nós o que é nosso. Essa questão do reajuste sabemos que tem o dinheiro do Fundeb, que é nosso. São mais de quatro anos nessa luta e se faz necessário que a gente tenha esse aumento. Nosso salário não dá mais para comprarmos o que é necessário para nosso dia a dia”, afirmou.
Com informações do Portal G1.