Marinês de França Carneiro, de 45 anos, ficou conhecida por usar jalecos, costurados pela mãe, que cobriam todo o corpo. Atualmente, ela trabalha na Secretaria Municipal de Educação
Vira e mexe a internet se questiona por onde anda Marinês de França Carneiro, hoje com 45 anos. Em 2020, início da pandemia, ela trabalhava como técnica em um laboratório de Rio Branco e viralizou nas redes sociais ao usar jalecos irreverentes e que cobriam todo o corpo. As peças eram costuradas pela mãe dela e agora o g1 vai mostrar por onde anda esse ícone da internet.
Na época, além de ser um equipamento de proteção individual, o jaleco usado por ela demonstrava o amor e cuidado de uma mãe, porque todas eles eram feitos pela aposentada Maria de França, mãe da técnica de enfermagem. Os looks viralizaram na internet pela forma, estampas, cores e criatividade da aposentada.
Atualmente, Marinês conta que trabalha na Secretaria Municipal de Educação na área da saúde nas escolas, orientando alunos sobre os decretos da Vigilância Sanitária e também dando suporte em tudo relacionado à saúde nas escolas.
Mas, ela garante que guarda todos os jalecos costurados pela mãe lá em 2020, quando o Acre registrou os primeiros casos de Covid e as incertezas ainda eram grandes, principalmente para quem trabalhava na linha de frente no combate ao coronavírus.
“A saúde é minha história. A gente passou por todo aquele aperreio e estamos vivos, sobrevivemos a tudo aquilo, e a saúde é muito sobre amor ao próximo. Lembro que na época eu saía de casa chorando, mas tinha que trabalhar, ajudar meus colegas de profissão. Meu Deus, quantos colegas de profissão precisei ajudar. Perdi muitos amigos, parentes, perdi muita gente”, lembra.
A mãe dela continua sendo costureira até hoje. Para Marinês, os jalecos divertidos e que chamaram tanta atenção na época foram responsáveis por aliviar a tensão de dias tão difíceis.
“Todos os jalecos que minha mãe fez estão guardadinhos, guardo até hoje porque quando olho é minha história ali. Foi um período muito ruim, mas sempre digo que, se Deus não tivesse me ajudado daquela forma que foi, até mesmo os jalecos tiravam aquela tensão de dias tão ruins, talvez não tivesse suportado tanta coisa”, relembra.
O medo e a incerteza eram ainda maiores porque ela trabalhava diretamente no laboratório de onde saía os diagnósticos. “Imagina trabalhar logo em um laboratório que entra pessoas com todo tipo de vírus e tendo um que era mortal”, completa.
Com informações do Portal G1 Acre